Intervalos

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O QUE É UM INTERVALO?


Um intervalo mede a distância entre duas notas. Para identificação, devemos verificar a Classificação numérica e a quantidade de Tons e Semitons


CLASSIFICAÇÃO NUMÉRICA

 Contando o número de notas em um intervalo, obtemos sua classificação numérica. A primeira e última notas devem ser contadas. Por exemplo, de um Dó para o Mi, temos uma terça (1-Dó, 2-Ré, 3-Mi). A figura a seguir, mostra a relação entre as notas e o nome que recebem dentro de um determinado intervalo.

( M = Maior / J = Justo )

 

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Nem todos os intervalos de mesma classificação numérica tem o mesmo tamanho. É por isso que precisamos verificar a quantidade de Tons e Semitons.

É importante destacar que a classificação propriamente dita é feita não só no número de tons e semitons como também pelas escalas.


TONS E SEMITONS


Usando-se o teclado para contar o número de semitons entre as notas, vemos que intervalos com a mesma classificação numérica podem conter diferente quantidade de semitons. Por exemplo, entre Dó e Ré temos um tom enquanto que entre Mi e Fá tem somente um semitom.

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O mesmo ocorre com outros intervalos. Por exemplo, entre Ré e Fá existe 1 tom e 1/2 (ou 3 semitons) e entre Dó e Mi tem 2 tons (ou 4 semitons).

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SEGUNDAS


Segundas podem ser maiores, menores, aumentadas ou diminutas (veja classificação numérica).

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Identificando Segundas

contar o número de semitons contidos no determinado intervalo
• ver a ordem das notas musicais (Dó, Dó#-Réb, Ré...etc..) lembrando que entre todas as naturais (com exceção entre Mi-Fá e Si-Dó), há a distância de um tom.

Com isso em mente, contamos os semitons da seguinte maneira:

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Uma outra maneira de identificar segundas:

Se ambas as notas forem naturais (haverá 1 tom = 2 semitons), não precisamos contar o número de semitons (sempre lembrando que entre Mi-Fá e Si-Dó temos um semitom). Se há acidentes, podemos usar o seguinte método:

Imaginar as notas sem acidentes e determinar quantos semitons existem
• Adicionar os acidentes e ver como eles afetam o intervalo

Exemplo: Sol# e Lá#

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Como notas naturais: intervalo de Sol-Lá é uma 2ª Maior

Adicionando sustenido ao Sol: torna-se uma 2ª menor
• Sustenido ao Lá: o intervalo é agora uma 2ª Maior

Um outro exemplo: Dó#-Ré##

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Como notas naturais: Dó-Ré é uma 2ª Maior
• Adicionando sustenido no Dó: torna-se uma 2ª menor
• Sustenido no Ré: 2ª Maior
• Dobrado sustenido no Ré: 2ª aumentada


TERÇAS MAIORES


Terças podem ser maiores, menores, aumentadas ou diminutas (veja classificação numérica).

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Identificando Terças


Uma terça pode ser identificada analisando-se as segundas entre a nota mais alta e a mais baixa e a nota do meio dentro da terça. Por exemplo, a terça Dó-Mi tem duas segundas: Dó-Ré e Ré-Mi. Usando a seguinte tabela, podemos identificar a terça.

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Seguindo este método, podemos dizer que a terça Dó-Mi é uma 3ª Maior, pois ambas segundas (Dó-Ré, Ré-Mi) são Maiores.

Se qualquer nota tem acidentes, podemos classificar o intervalo sem os acidentes e depois analisar o efeito deles.

Exemplo: Láb-Dób

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Como notas naturais: Lá-Si é uma 2ª Maior, Si-Dó uma 2ª menor e Lá-Dó uma 3ª menor
• Adicionando bemol ao Lá: o intervalo se torna uma 3ª Maior
• Bemol ao Dó: agora é uma 3ª menor

Outros meios de identificar as terças:

Associando com escalas e tríades. Por exemplo, a terça Ré-Fá# pode ser associada ao 1º e 3º graus da escala de Ré Maior ou com a terça da tríade da mesma. Se sabemos que a Terça do 1º ao 3º graus em escalas maiores e a terça de um acorde maior são Maiores, concluimos então que Ré-Fá# é também uma 3 Maior.
• Memorizando todas as terças Maiores e menores. Esse já é um processo que ocorre ao longo do tempo com estudo e prática.


QUARTAS

Quartas podem ser justas, aumentadas ou diminutas (veja tabela em classificação numérica).

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Identificando Quartas

Quando se analisa o número de tons e semitons de uma quarta, devemos lembrar que:

o intervalo é uma 4ª justa se caso todas as notas forem naturais, com exceção da quarta Fá-Si que é uma 4ª aumentada.

Se há devemos identificar o intervalo sem os acidentes e depois analisar o efeito que causam.

Exemplo: Sol-Dó#

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QUINTAS

Quintas podem ser justas, aumentadas ou diminutas (veja tabela em classificação numérica).

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Identificando Quintas


Quando se analisa o número de tons e semitons de uma quinta, devemos lembrar que:

O intervalo é uma 5ª justa se caso todas as notas forem naturais, com exceção da quinta Si-Fá que é uma 5ª diminuta.

Se há acidentes devemos identificar o intervalo sem os acidentes e depois analisar os efeitos.

Exemplo: Ré-Lá#

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SEXTAS

Sextas podem ser maiores, menores, aumentadas ou diminutas (veja classificação numérica).

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Identificando Sextas

A maneira mais fácil de identificar a quantidade de tons e semitons de uma sexta é por inversão do intervalo e classificar a terça resultante. Por exemplo, Dó#-Lá#

A inversão é Lá#-Dó#
• Identificamos a terça resultante
• Lá#-Dó# é uma 3ª menor, então Dó#-Lá# é uma 6ª Maior

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SÉTIMAS

Sétimas podem ser maiores, menores, aumentadas ou diminutas (veja classificação numérica)

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Identificando Sétimas


A maneira mais fácil de identificar a quantidade de tons e semitons de uma sétima é por inversão do intervalo e classificar a segunda resultante. Por exemplo, Dó-Si

A inversão é Si-Dó
• Identificamos a segunda resultante
• Si-Dó é uma 2ª menor, portanto Dó-Si é uma 7ª Maior

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OITAVAS

Oitavas podem ser justas, aumentadas ou diminutas (veja tabela em classificação numérica).

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INVERSÃO


Na inversão, coloca-se a nota mais baixa uma oitava acima ou a nota mais alta uma oitava abaixo:

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Nas tabelas abaixo, podemos ver em que o intervalo se transforma quando é invertido:

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A inversão de intervalos é muito útil quando se está analisando sextas e sétimas assim como para verificar se o intervalo foi classificado corretamente. Veja o tópico Identificando pela inversão.

 Exemplos de intervalos invertidos

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IDENTIFICANDO PELA INVERSÃO


Um meio fácil de identificar sexta e sétima é invertendo e analisando a terça ou segunda resultante.

Por exemplo, ao invés de contar o número de tons e semitons na sexta Fá#-Ré#, podemos inverter o intervalo e analisar a terça resultante. Sendo que Ré#-Fá# é uma 3ª menor, a sexta Fá#-Ré# é uma 6ª Maior. (Veja tabelas em Inversão).

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O intervalo Mi-Réb é uma sétima diminuta e torna-se uma segunda aumentada quando invertida:

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SIMPLIFICANDO ACIDENTES


Veja tabela de Acidentes para verificar as alterações que causam. Pode ser muito útil simplificar acidentes quando se está analisando um intervalo. Se ambas as notas tem o mesmo tipo de acidente...
...a quantidade de tons e semitons é a mesma do intervalo sem os acidentes:

(Exemplo: segundas maiores)

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Se uma das notas tem um dobrado sustenido e outra um sustenido...
...a nota que está com sustenido, imaginamos na forma natural e a com dobrado sustenido com um sustenido. A quantidade de tons e semitons também vai permanecer a mesma. (Ex: quintas aumentadas)

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Se uma das notas tem um dobrado bemol e a outra um bemol...colocamos a nota com bemol na forma natural e a com dobrado bemol com apenas um bemol. Novamente, a quantidade de tons e semitons permanecerá a mesma. (Exemplo: quartas aumentadas)

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CONSONANTE E DISSONANTE


Intervalos podem ser classificados como Consonante ou Dissonante de acordo com complexidade da Relação matemática entre a intensidade das notas.

Em outras palavras, o termo Consonante refere-se aos sons que soam bem e que aos quais os ouvidos estão acostumados, e o dissonante àqueles sons que parecem quebrados e que os ouvidos não estão acostumados, causando um certo "incômodo".

Apesar de que este conceito tem mudado ao longo da história musical e mesmo hoje em dia nem todos os especialistas concordam, as segundas e sétimas (por exemplo) são classificadas como dissonantes e terças maiores/menores e oitava justas como consonantes.

 

ENARMONICA

Notas, intervalos, escalas com a mesma tonalidade mas com nomes diferentes são chamadas de enarmônicas.

Exemplo: Sol sustenido e Lá bemol.

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ASCENDENTE E DESCENDENTE


Quando a segunda nota de um intervalo está acima da primeira nota, dizemos que é um intervalo ascendente. Se caso a segunda nota estiver abaixo da primeira, então é um intervalo descendente.

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SIMPLES E COMPOSTO


Intervalos Simples não são maiores do que uma oitava, enquanto que intervalos Compostos são: Nonas, décimas, décimas primeiras e décimas terceiras, são exemplos de intervalos compostos.

Para simplificá-los, referimos à eles usando o intervalo simples correspondente:

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MELÓDICO E HARMÔNICO


Em um intervalo harmônico, as notas são tocadas simultaneamente. E no intervalo melódico, sucessivamente.

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CROMÁTICO E DIATÔNICO

Em um semitom cromático, as notas tem o mesmo nome (ex: Lá e Lá#). E no intervalo diatônico, as notas tem diferentes nomes (ex.: Lá e Sib).

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TRÍTONO


Um trítono corresponde à um intervalo de 3 tons e que causa tensão, requerindo um repouso em seguida.

Por exemplo, tocando simultaneamente Fá e Si (que corresponde ao intervalo tenso) em seguida toca-se Si e Dó (repouso), ou de Si-Fá para Dó-Mi.

Antigamente, o trítono era chamado de Diábolo e foi proibido pela igreja por um longo tempo.

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UNÍSSONO

O Uníssono representa duas notas de mesmo nome e tonalidade:

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RELAÇÃO MATEMÁTICA

A nota Lá acima do Dó central, normalmente tem uma frequência de 440 ciclos por segundo ou Hertz. Isso significa que vibra 440 vezes por segundo. Um Lá, uma oitava acima, tem a frequência de 880 Hz, exatamente o dobro. A expressão matemática dessa relação é 880:440 ou 2:1. A seguinte tabela mostra outros exemplos, em ordem de consonante para dissonante.

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