Cifras

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O que São Cifras?


Tanto na música Barroca, como no jazz e na música pop contemporânea, os compositores têm buscado formas de indicar a utilização de acordes através do uso de símbolos, os quais lhes economizam trabalho ao escreverem a notação musical que deve acompanhar a música.

Este tipo de notação ou cifragem indica ao executante o acorde que ele deve usar, mas deixa a cargo de sua sensibilidade musical a maneira exata na qual ele executará os acordes.


Cifras no Jazz


Para indicar as tríades maiores, menores, diminutas e aumentadas, usamos as letras correspondentes às notas musicais, conforme indicado abaixo:

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Tríades Maiores


A letra sozinha simboliza uma tríade maior, em sua posição fundamental:

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Tríades Menores

 Acrescenta-se uma letra m (minúscula), min, ou o símbolo - (menos):

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Tríades Aumentadas


Acrescenta-se aum (ou, do Inglês, a expressão aug), ou o símbolo #5

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Inversões


Para indicar uma inversão, acrescenta-se uma linha diagonal (barra) e especifica-se a nota que deve ser tocada no baixo:

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Cifras na Música Barroca


Era costume entre os compositores barrocos escrever a linha melódica do baixo - a ser tocada por instrumentos como violoncelo, contrabaixo e a mão esquerda dos instrumentos de teclado - acrescentando uma cifras que indicavam ao tecladista os acordes que deveriam ser utilizados:

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A seção escrita para os instrumentos que tocam este baixo e os instrumentos que a executam harmonicamente, recebem o nome de baixo contínuo.

Este costume foi posteriormente abandonado, com os compositores preferindo escrever exatamente o que deveria ser tocado. Contudo, o baixo cifrado continua sendo utilizado no estudo da harmonia até os nossos dias.


Cifras das Tríades no Baixo Contínuo


O princípio do baixo contínuo, ou o baixo cifrado, é simples: especificamos, com números, ou cifras, os intervalos que queremos acrescentar sobre o baixo escrito. As notas são acrescentadas mantendo-se as alterações próprias da tonalidade. Desta forma, as mesmas cifras se aplicam a diferentes tipos de tríades. Por exemplo, uma tríade na posição fundamental seria indicada com as cifras 5 (quinta) e 3 (terça):

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Posição fundamental

Entretanto, para evitar de usar uma quantidade enorme de cifras que dificultariam a leitura e complicariam o processo de copiar a música, assumimos que o acorde é uma tríade em posição fundamental se não houver qualquer cifra escrita. No exemplo seguinte, todos os baixos sem cifras devem ser harmonizados com tríades na posição fundamental:

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Algumas escolas utilizam a cifra para o acorde de VII grau, por ser um acorde com a 5ta diminuta.

Na primeira inversão, usamos 6 e 3. Porém, geralmente se simplifica e se usa apenas o 6.

Por esta razão, estes acordes são conhecidos como acordes de sexta.

 

Na segunda inversão usamos 6 e 4, e não se simplifica a cifra. Estes acordes também são conhecidos pelo nome de sexta e quarta ou de quarta e sexta:

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Segunda inversão

Algumas escolas precedem o 4 de um acorde de VII grau com o sinal +, já que esta 4ª é a sensível da tonalidade.


Alterações no Baixo Contínuo


Caso seja necessário especificar uma alteração (que não aparece na armadura de clave), escreve-se a alteração antes ou depois da cifra correspondente à nota afetada por ela. Se a alteração aparece sozinha, ela é aplicada na 3ª, com relação ao baixo. Temos alguns exemplos a seguir:

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Cifras de Sétimas no Jazz


Sétimas de Dominante

Acrescenta-se um 7 à letra:

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Sétimas Maiores

Acrescenta-se Maj7, 7 ou :

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Sétimas Menores

Acrescenta-se min7, m7 ou -7:

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Sétima Diminuta

Acrescenta-se dim7 ou °7:

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Sétima de Sensível, ou Meio-Diminuta

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Inversões


Assim como nas outras tríades, para indicar uma inversão, acrescenta-se uma linha diagonal (barra) e se especifica a nota que devemos tocar no baixo.

 

Cifras de Sétima no Baixo Contínuo


Assim como no caso das tríades, podemos usar as mesmas cifras para qualquer acorde de sétima (para mais informações, veja Cifras das Tríades no Baixo Contínuo).

A cifra completa do acorde de Sétima de Dominante aparece sob o primeiro exemplo. No segundo exemplo ele aparece simplificado e como é geralmente utilizado:

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Primeira Inversão

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Terceira Inversão

Algumas escolas usam uma cifra diferente para os acordes de 7ª de dominante, 7ª diminuta e 7ª de sensível:

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Sétima de Dominante

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Sétima Diminuta

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Sétima de Sensível